Pois bem estimados amigos, hoje estou muito contente por poder publicar pontualmente este post para a CBE, a Confraria Brasileira de Enoblogs, possivelmente a primeira e única confraria virtual de vinhos do Brasil. Para quem ainda não conhece a proposta de nossa confraria, funciona mais ou menos assim: todos os meses um membro é convidado a eleger um tema (pode ser um tipo de vinho, uma certa variedade de uva ou até mesmo um “desafio”). Daí então os amigos confrades – blogueiros, como este que vos escreve – devem ir à cata de um vinho que se encaixe na proposta, prová-lo e então publicar no blog no primeiro dia do mês as impressões sobre o vinho degustado.
Este mês coube ao amigo blogueiro Cristiano Orlandi, que escreve o ótimo Vivendo Vinhos, a escolha do tema. Ele sugeriu que degustássemos um “Um vinho Francês, que não seja Bordeaux e nem Borgonha”. Um belíssimo tema por sinal. Resolvi sair à procura de meu vinho e aproveitei para preencher uma lacuna de minha vida de enófilo: degustar um Malbec francês, já que até então eu só havia provado Malbecs argentinos, além de alguns chilenos e brasileiros.
Dentro da proposta escolhi este vinho, elaborado pela Rigal, vinícola com mais de 250 anos de história localizada na região de Cahors, ao sudoeste da França, tida como o berço da Malbec. Segundo informações do importador, o vinho possui breve passagem por barricas de carvalho. Vamos ao que achei dele:
Vinho de cor vermelho rubi densa, com reflexos violáceos. Aromas muito interessantes e diferentes de qualquer Malbec argentino que já experimentei. Muito frescor, lembrança de frutas frescas, um certo floral, anis e/ou jasmim. Aos poucos surgem mais frutas negras, e uma certa azeitona preta, ao fundo, discreta.
Em boca tem um corpo mais para médio, com leve acidez e taninos bem agregados ao conjunto, fazendo salivar. O frescor está presente em boca, confirmando o nariz. Bom conjunto. Leve toque mentolado no final, com certa potência – álcool a 12,5%. Fim de boca marcante e correto.
Um dos exemplares mais diferentes de tudo que já provei, que mostra o quão vasto e diverso é este belo mundo do vinho. Muito interessante e agradável, daqueles que dá vontade de beber com aquela companhia especial por muitas horas. por sinal, o vinho harmonizou muito bem com o jantar – preparamos filés grelhados com molho de vinho e batatas gratinadas.
Quanto custa? Pela garrafa pagamos 72 reais, na Sommelier Vinhos, em Porto Alegre. É importado no Brasil pela World Wine, e está a venda na sua loja virtual pelo mesmo valor.
Saúde a todos!